Caverna do diabo \m/

Sexta-feira, 8 de junho de 2012 - São Paulo

Amanheceu chovendo como todos os dias nessa semana. Isso não me surpreendeu porque além de já saber a previsão do tempo, parece que todo feriadão chove, hihihi...

Bem, o objetivo do dia era visitar a caverna do diabo, nome dado pelos antigos habitantes que guardavam suas colheitas na entrada e encontravam-nas remexidas. Acrescentando os ecos e sons vindos de dentro, interpretaram como obras do demo.

Arrumei um motorista, Constantinus (no plural como ele mesmo disse), mestiço de grego com brasileira e sobrinho dos donos do hotel. Sendo musico (percussionista), tivemos muito assunto durante os 40min do caminho de até a gruta.

É a maior caverna do estado de Sao Paulo e só se pode entrar com monitor.

É também de uma beleza sem par. Muitos diriam: são apenas rochas, estalagtites e estalagmites. Bom, tem gente que gosta de ver predios e acha bonito. Eu prefiro estas rochas!

Não tem muito o que dizer e sim apreciar. Perto da entrada é bem ruidoso por causa de algumas corredeiras e do eco do salão da entrada.

Indo mais ao fundo o silêncio toma conta e junto a imaginação vai longe, somando-se as penumbras e sombras, começamos a "ver" formas de animais, pessoas, etc. Foi muito bom ter comprado uma lanterna antes de vir!

Apesar de ser amplo, juntamente com ar abafado, o ambiente chega a ser claustrofobico. Estava a comentar com o guia (chamado Josias) das histórias de pessoas que passam horas para chegar e logo na entrada passam mal e perdem o passeio!

Voltei ao hotel depois da visita e tive 3 horas para almoçar e andar pela cidade antes de tomar o ônibus de volta.

O retorno foi bem mais rápido. Saímos de Eldorado às 14h50 e cheguei em sampa às 19h10, onde saltei antes do final para pegar o metrô na estação Butantã. Para ganhar tempo, resolvi descer na estação Republica e tomar o troleibus para casa. Pensei comigo: feriado prolongado e não vai ter trânsito. Total engano, além da chuva, 2 milhões de paulistanos fora da cidade porém outros tantos dentro por causa da parada gay que será domingo. Já estou imaginando como será o trânsito domingo da tarde pra noite...


Uma aventura bem legal. Não pude visitar as outras atrações por causa da chuva, mas a caverna por si só valeu. E andar de ônibus é mais legal que de avião: podemos apreciar a paisagem e ao mesmo tempo pensar na vida...

Eldorado é uma cidade pequena, o padrão das cidades de SP: praça central com a igreja, o banco e uma sorveteria. Acredito que não tenha se desenvolvido com o (eco)turismo porque a maioria vêm de carro ou em excursões de ônibus, mal parando na cidade.

Agora, de volta a são paulo da garoa, da chuva, do frio (brrrr...), do trânsito e aos nossos problemas e responsabilidades.

A gente se vê por aí.

Eldorado

Quinta-feira, 07 de junho de 2012 - Eldorado

Passei estas ultimas duas semanas muito estressado e irritadiço. E este feriado veio na hora certa. Ontem eu estava comentando com uns amigos que iria fazer qualquer coisa menos trabalhar. Ah, e nada de ir ao shopping ou pegar cinema. O problema é que a previsão é de frio e chuva até domingo.

Tomei esta decisão repentinamente (ontem a noite) e tive tempo apenas de fazer uma pesquisa rapida para saber informações basicas de como chegar aqui.


Obtive os horários dos ônibus pela internet e logo cedo fiz uns telefonemas onde me aconselharam a tomar o ônibus que vai por Jacupiranga porque a estrada da outra rota estava alagada.

Saí pelas 10h30 e na rodoviaria Barra Funda descobri que este sairia apenas às 16h. Resolvi arriscar o outro que sairia às 13h. Tive que esperar por ali mesmo e descobri que aquela rodoviária não possui restaurante, somente sanduiches e salgados (todos caros). Paciência, foi o que tive que comer.

O bus saiu no horário, fez uma parada na entrada da Regis Bittencourt (Taboão da Serra) e seguimos. A viagem que deveria durar 5-6 horas levou 8h30(!!!!), devido ao trânsito provocado pelas obras de duplicação da rodovia. Dormi uma boa parte do trajeto, e depois da 1a parada comecei a conversar com a garota que se sentou ao meu lado. Se chama Elisangela, muito simpatica e atenciosa, e ficamos conversando por mais de duas horas até a cidade de Registro, onde ela saltou. Trocamos emails e espero manter contato.

Cheguei aqui sob chuva pelas 21h30, achei um hotelzinho chamado Eldorado. Preço de albergue e tem toalhas limpas.



Consegui achar um lugar pra jantar (estava preocupado, na ultima parada comprei bolachas ja imaginando não encontrar nada aberto ao chegar). Eu queria e esperava comida, só tinha pizza mas fazer o quê nessa situação, hihihi...



Já voltando ao hotel resolvi tirar uma foto.



E findo dia, amanhã pretendo levantar cedo. Estranhamente no caminho tinha sinal de celular mas aqui no hotel não.