Sexta-feira, 22 de outubro de 2010 - Lisboa
Desde que chegamos ontem venho reparando nas ruas, no trânsito, nas construções e nas pessoas daqui, e cheguei à conclusão de que aqui é muito parecido com São Paulo, as ruas são mais largas, os carros são maiores, as as rodovias parecem com as nossas, e até o cenário delas ao fundo, me fez parecer estar ou na via Dutra ou na Castello Branco.
Ao contrário dos outros dias não começamos o dia cedo, pois ontem estavamos cansados e também não havia essa necessidade (ufa, pra mim foi muito bom, pois estou o dia tossindo, fungando e movido a aspirina).
Apos tomarmos o café da manhã (aqui se diz "pequeno almoço") tomamos o metro perto do hotel ate a estação Jardim zoologico, ao lado da qual fica o terminal rodoviário, onde tomamos ônibus para Fatima.
A viagem é curta, cerca de hora e meia e chegamos quase duas da tarde. Antes de prosseguir, andamos em busca de restaurante para almoço. Uma coisa que achamos esquisita é que 65% do comercio estava fechado. Eu que precisava de um telefone publico ou de internet quase entrei em pânico. Achamos um pequeno shopping center com banheiros, internet (a máquina de moedas não dá troco e não encerra sessão, ainda bem que é barato) e um restaurante aberto.
Ah, que comida boa, só faltou um feijãozinho!!!
Achamos então o santuário, a Basilica antiga e a nova, uma de frente para a outra.
Não sou do tipo religioso, mas ao ler esta placa senti outro "tremor na força".
Visitamos a Basilica antiga, onde estava tendo missa que meus pais assistiram e onde também estão os tumulos dos 3 pastores a quem ela apareceu.
Vou dizer uma coisa, este lugar é forte. Metade das pessoas que vi estavam com o nariz avermelhado por conta dos prantos. Eu mesmo senti um nó na garganta e disfarcei com as minhas tossidas e fungadas.
Como já estava ficando tarde, não foi possivel visitar a casa dos pastores, então meus pais fizeram suas orações,
compramos souvenires
e voltamos à rodô, onde pegamos o bus das 18h e estou a escrever.
O dia de hoje foi bem mais tranquilo que os outros, aqui o ambiente é menos opressivo que na Italia. Alias, antes sequer de sair de casa eu estava pensando em como eu iria me sentir em Roma, sede do poder por seculos, obtido atraves da ganancia, traição e força bruta. Talvez conhecimento demais possa ser-me prejudicial...
Estou filosofando sobre lugares de fé e peregrinação, que independente da crença, me atraem. Por que será que me emociono neles? talvez filosofar também possa ser prejudicial!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário