terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Tierradentro


Domingo, 29 de novembro de 2009 - Tierradentro

Após chover a noite toda, lama, muita lama. Três horas de lama numa caminhoneta até Inzá e mais meia hora até aqui, meio caminho de San Andres de Pisimbala.
Pelo nome, já dá pra ter idéia de onde estou: bem no meio do nada no meio da Colombia, ehehehe...

Se ontem eu reclamei do hotel, esta pousada é exatamente o oposto. Caí de para-quedas, mas já de cara gostei.

Assim que cheguei, uma avozinha veio me atender, e me pediu para escolher um quarto. Quando apontei um, ela me pediu para esperar porque estavam lavando o chão e ainda não estava seco! Aliás aqui é na beira da estrada de terra, mas é muito limpo e arrumado, sem contar que é a poucos metros da entrada do Parque Arqueológico de Tierradentro.


Como não queria perder tempo, sai para o Parque, também muito bem organizado.

Paguei o ingresso e visitei os 2 museus que se situam logo na entrada. São bem pequenos, mas o suficiente para saber os comos e porquês dos lugares que ainda iria visitar.


Aí sim, pé na estrada, ou melhor, trilha para os sítios, separados entre si por pelo menos 1km. E no sol do meio-dia, tudo parece mais longe.

O primeiro se chama Segovia, composto por 30 hipogeos, tumbas escavadas na rocha, com profundidade de 2,5 a 6 metros, com formatos de entradas diferentes, alguns com degraus em espiral, outros em ziguezague, outros simples, cada um da altura do meu joelho e em granito da rocha escavada.


A câmara central é similar em todas, com duas colunas, talvez para sustentar a abóboda, tudo ricamente pintado em vermelho, preto, amarelo, e alguns com esculturas nas colunas.




O mais interessante é isso tudo sempre ficar nos pontos altos dos morros. Isso significa subir, subir e quando chegar já arrastando a língua, descer cada item, olhar, fotografar, analisar, e subir novamente...


Continuando a subir o morro, El Duende. Não descobri a origem do nome. São mais 4 hipogeos, com pinturas e algumas com as cerâmicas intactas, porém sem iluminação e não se pode bater fotos com flash, logo não tenho fotos.

Cerca de 3km de morro, El Tablon, que contém algumas estatuas antropomorfas. O descritivo não dá datas, mas sugere uma relação com as de San Agustin.




De lá pode-se avistar o vilarejo San Andres De Pisimbala.


Que possui uma igreja do tempo colonial, com seu telhado em palha.




E encerrei com Alto de San Andres, de 6 hipogeos sem iluminação, mas com pintura, e não consegui sacar fotos por estar escuro demais. Aqui tem a entrada de uma.


Como já eram 15h15 e o próximo item fica a 4km e fecha às 16h, voltei para a pousada, onde almocei arroz, carne, batatas fritas. Como não tinha água em garrafa, desci um pouco a rua e entrei numa tienda de sucos, onde pedi uma salada de frutas. E tal minha surpresa quando a vi indo ao quintal colher as frutas!!!

Bem, estou achando isso tudo o máximo. As casa daqui são feitas de bambu, isto é, sua estrutura de bambu, muito comum na região, e os interstícios de barro, não sei se algo mais, pois desse jeito qualquer chuva derrubaria. Há alguns sobrados muito bonitos, com suas vigas de bambu envernizadas e paredes pintadas.




Essa ponte é de bambu, e ao invés de cabos de aço, arame farpado.


Mas o legal mesmo sabe o que é? as pessoas daqui são super simpáticas, prestativas e sem maldade.

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