sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Laos

Sexta-feira, 18 de novembro de 2011 - Vientiane

Lembra do francês que conheci lá em Sam Neua ? Hoje de manhã fui a uma cafeteria que segundo ele, é a melhor da cidade. Realmente o gosto é outra coisa... a cafeteria pertence a uma japonesa que se estabeleceu ali e se especializou nos diversos tipos de café do sudeste asiático. Ah... aliás, o francês se chama Michael.


Bem, como já estou saindo do país vou falar um pouco daqui.
Não vou dizer que não gostei. Não sei bem o que concluir nem sei se posso generalizar a respeito de paises colonizadores/colonizados.
Aqui a influência francesa está em toda parte, no nome das ruas, nos edificios, nas legendas dos museus. Isso me fez lembrar de Mandalay (Myanmar), onde a colonização foi inglesa e seus habitantes adquiriram seus costumes. Talvez daí a multidão de turistas franceses que tenho visto por aqui.

Achei as cidades que passei deveras ocidentalizadas. Não sei quanto às taxas de criminalidade, mas fui aconselhado a nunca descuidar das minhas coisas. Não senti também aquela espiritualidade que encontrei na Tailandia.

O volume de motos & afins é gigantesco, e fiquei imaginando se o preço dos carros de luxo tipo van / pickup é mais baixo, pois também há um volume muito grande deles, principalmente para um país que se supõe pobre. Mas todos respeitam os pedestres na hora destes atravessarem. O sinal de mão para parar funciona!

Segundo o Michael, a base da economia é o extrativismo vegetal e agricultura de arroz, grande parte de subsistência. No museu ontem havia um mapa com a localização das jazidas minerais: ouro, prata, cobre, manganês, mas nada de extraordinário. Achei curioso não haver jazidas de pedras preciosas, uma vez que é vizinho de Myanmar que é campeão nesse assunto.

Isso é ruim, o país é pequeno e daqui a pouco não mais haverá o que se extrair. Senti uma influência muito grande dos chineses, seus produtos estão em todo lugar. Só não vou dizer souvenires porque não achei nada além de postais. Poderia ser um mercado interessante dado o volume de turistas, hoteis e guesthouses.

Outra coisa que reparei é na duplicidade de bandeiras: Laos e Comunista, que está em todo lugar, não somente nos lugares publicos, mas nas casas, escolas, hoteis, etc. Bem, aqui existe censura e as paredes tem ouvidos. Não se pode falar de tudo pra qualquer um. Fiquei pensando no quanto isso difere do governo militar, mas não tive ninguém pra perguntar.

Ah, aqui até mesmo o mais pobrinho possui celular! Nos caminhos pelas montanhas fiquei pensando em como foi estruturado essa parte, por exemplo no ônibus Sam Neua-Phonsavan tinha uma menina que ficou o tempo todo no telefone, e olha que era no meio das montanhas... e internet também, até naquele fim de mundo

Acho que é isso. Vou plagiar o Luis Nachbin e dizer que aqui é o País das crianças sorridentes.

Não tenho boas  fotos porque os laosianos são timidos e se escondem ao ver câmeras. Isso vai ficar sempre na minha memória!


-------------------- PARTE II ------------------------------------------

Sexta-feira, 18 de novembro de 2011 - Colombo

Acabei de chegar no hotel, feinho mas é apenas pra dormir e pegar estrada amanhã.

Hoje ao fazer o check-in no aeroporto de Vientiane fiquei sabendo que meu vôo (Bangkok-Colombo) foi cancelado. Nesse instante eu gelei, pois já havia avisado meu contato para me esperar, e já estava tudo acertado.

Tive que desembarcar em Bangkok, ainda bem que nãao preciso de visto, ir no guichê da Thai Airlines e eles conseguiram me encaixar num vôo de outra companhia (Sri-Lankan air). O lado bom é que saía mais cedo (19h30 - o outro era das 22h30). Achei uma internet, mandei um email urgente para meu contato, e cá estou na capital do Sri Lanka, chamada Colombo adivinha por que?

Pra não ficar sem foto, aqui tem a janta do avião. Achei muito legal ter acelga chinesa no prato!

E uma do ônibus de transfer do aeroporto...

Agora vou dormir. Tenho que repor 1h30 de fuso horario e amanhã levanto cedo.


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