Sigiriya

Domingo, 20 de novembro de 2011 - Sigiriya

Estou num hotel no meio da selva.

Choveu muito forte a noite toda por cerca de 10h consecutivas. Foi bom para dormir mas ao mesmo tempo fiquei super preocupado em como seria meu dia.

Como havia combinado com o motorista às 8h30, fui sem pressa tomar café (ainda estava chovendo) e saímos assim mesmo. No caminho de terra, muitos córregos inundados e buracos a mais, não sei como não atolamos e chegamos ao primeiro destino já quase sem chuvisco. Ufa!

Arrumei um guia local e começamos a subida do que chamam aqui de Lion Rock (pedra do leão). O nome Sigiriya significa garganta do leão.

A cidade foi fundada perto do ano 450 pelo rei Kassapa e que a transformou numa fortaleza, uma vez que matou o proprio pai por motivo obvio, poder e tesouros. É impressionante como as historias se repetem independente do tempo e lugar. Sei que não tem nada a ver, mas é o que eu sempre achei das historias de Shakespeare.

Voltando... para quem tem interesse arqueologico é bastante interessante, mas requer algum esforço fisico para subir os trocentos degraus de marmore branco já desgastados, e deveras escorregadio por conta da chuva.

Para quem quer apenas bater fotos, tem a entrada com o que sobrou das patas do leão,

e algumas pinturas lá em cima, no interior do palacio, que representam as donzelas do harém real em cenas cotidianas.

Como estava enevoado, não deu pra tirar muitas fotos panoramicas.

Valeu a visita, apesar de ser caro: o ingresso custou 50 dolares, e o guia começou com 10 e depois me extorquiu mais 10...

Tomamos então caminho para a cidade de Polonnaruwa, outro sitio arqueologico com o mesmo nome, que são apenas o que sobrou de uma cidade. As estruturas de tijolos me lembraram os sitios arqueologicos que vi no Mexico.

Mas não é isso que atrai as pessoas e sim duas coisas: o primeiro templo a ter uma reliquia sagrada de Buda (seu dente, argh) e que agora está na cidade de Kandy,

e alguns budas escavados num bloco unico de rocha numa colina, ambos datados do seculo XII.

Uma coisa que achei interessante foram 3 pequenos altares para divindades hinduistas(Shiva/ Vishnu/Ganesh) no meio de tantas coisas budistas.

Saímos dali e fomos para o museu da cidade, onde não se pode bater fotos. Achei interessante mas incompleto. Parece até que pegaram peças dos lugares, colocaram etiqueta descritiva com data e só. Nada de contexto histórico, nada dos por quês nem pra quês. Algo do tipo, legal, bonito e só!

E enfim, pausa pra almoço já quase 16h.

Este é o melhor de todos os refris que já tomei, superando o Ginger Ale da Schweppes: é de gengibre e arde tanto a garganta como o nariz, e com gosto de gengibre. Fantastico !!!

Já quase no hotel parei para experimentar uma massagem daqui (sem fotos porque tive que ficar nu). Primeiro 25min de sauna, pra suar até derreter. Depois massagem com óleos aromaticos no corpo todo, até nos cabelos passaram isso, que possui um cheiro madeira muito agradavel. E em seguida entrei num caixão, mais parecido com aquelas churrasqueiras com tampa, onde fiquei somente com a cabeça do lado de fora, para grelhar...
Bastante relaxante, depois disso banho e rua. Claro que me abocanhou mais 10 dolares de gorjeta fora os 30 pagos...

Agora são 20h30, horario que marquei no restaurante para jantar, alias achei diferente: eu escolho o que quero e marco a hora para ir comer. E claro que começou a chover nesse instante...