Por do sol

Quinta-feira, 17 de novembro de 2011 - Vientiane


Ao contrario das outras cidades, aqui faz muito calor. Talvez por isso as pessoas (turistas) ficam inquietas e falantes logo cedo. O piso daqui é de madeira e dá a impressão de que pisam forte de proposito...

Levantei cedo porque tinha muitas coisas programadas (acumuladas). Praticamente abri o Museu Nacional às 8h no qual não se pode bater fotos. Achei super legal as alas estarem dispostas cronologicamente, partindo da pré-historia e indo até o tempo atual.

Foi bastante produtivo, pois tive uma visão melhor da historia do país, sua colonização pelos franceses até pouco tempo atrás, seus movimentos para libertação pelo Pathet Lao, seus atritos com os Estados Unidos (comunismo x capitalismo) e outras coisas históricas.

E embora o museu seja pequeno, fiquei mais de uma hora lá dentro.
Em seguida me dirigi à pé a um templo (Wat) chamado Ho Pra Keo, também chamado de Altar do Buda de Esmeralda. Foi construído em 1565, porém sua estátua foi levada para Bangkok durante a dominação pelo reino de Siam.

Quase em frente há um outro templo, Wat Sisaket (1818), cuja caracteristica principal são as galerias com os milhares de nichos com pequenas estatuetas de Buda, de diversas épocas e formatos.

Na mesma rua fica um mercado famoso, o Morning Market, onde se vende um monte de quinquilharias e outras coisas. Como ferve de turistas ali, o preço também foi lá em cima...

E seguindo a avenida a muitas quadras fica o COPE (Cooperative Orthotic and Prosthetic Enterprise) uma entidade que se dedica a auxiliar as vitimas de bombas com proteses, cadeira de rodas, fisioterapia, etc. Bacana o trabalho deles!

De lá peguei um tuk-tuk para o That Luang, onde cheguei 12h10 e quebrei a cara, pois abre das 8h-12h e das 13h-16h.

Contra a minha vontade fui forçado a parar para almoço. O dificil foi encontrar algum restaurante. Estranho, o monumento nacional (quer mais turistico que isso?) e seu entorno não tem nada, apenas comercio de peças para motos, moveis e afins ? Bem, parei no primeiro (e unico) que achei, e ainda bem que não foi caro, perto de 4 dolares.

Saí perto das 14h pensando em ir ao Buda Park, mas desisti ao saber que fica uns 30km e não ia dar tempo, e então voltei ao hotel porque o sol já estava matando.

Fiquei passando o tempo na recepção conversando com a menina, que se chama Phuang, e descobri que é de Sam Neua. Vi seu olhar saudoso ao mostrar minhas fotos, e ela me disse que faz um ano que não voltava lá (ela e seus 2 irmãos vieram para a capital para aprender inglês e melhorar de vida). Ela também ficou me descrevendo o que era cada uma daquelas coisas estranhas que fotografei no mercado (e como cozê-las). Fiquei com vontade de experimentar... ela disse que aquelas larvas de abelhas custam muito caro e é artigo de luxo, além de delicioso. Se faz no vapor...

Daí chegou a dona mão de ferro daqui e ficou em cima. Fim do papo!

Assim que o sol amenizou saí para andar, afinal é minha última noite no Laos. Fui ver o por do sol no rio Mekong.

Parabéns pelo seu aniversário Gigica!