domingo, 15 de novembro de 2009
DVD
Domingo, 15 de novembro de 2009 - Santiago
Estou molhado,ou melhor, encharcado, e ainda faltam mais 2h30 para chegar. O dia amanheceu bonito, tomei café e em seguida fui ao museu, que abre às 09h30. Beleza, resolvi ir pela orla, pois além do caminho ser mais curto, é mais agradável ver o mar azul e alguns moai no caminho.
Pois é, alguns minutos depois o tempo começou a mudar, e pela orla o vento sopra bem mais. Resumindo, cheguei ao museu sob chuva, faltando uns 10min para abrir, e não tinha sequer uma cobertura decente por perto. Abriguei-me sob uma árvore, mas além dela ser pequena, a chuva começou a engrossar. Aqui tem uma foto, perdido debaixo de chuva e com aquela cara de "fazer o que ?".
O museu é bem legal, bastante explicativo no sentido histórico e mostra em fotos, fatos e objetos o que se passou com as tribos locais, seus conflitos, suas crises e sua (quase) extinção. Mostra também teorias sobre como os moai foram construídos, transportados e posicionados e por quê. O mais legal é que eles vendem um guia que contém algumas das peças expostas e suas explicações. Menos mal, porque eu tinha de estar de volta antes das 11h, pois tinha traslado ao aeroporto marcado.
A volta foi chuvosa, mais para chuvisco, e foi o suficiente para terminar de me molhar.
Cheguei no hotel, e fiquei esperando, esperando, 10min, 20min, 30min, 40min... daí o cara da recepção conseguiu entrar em contato com a agência, que veio me buscar.
De resto, nada mais de interessante. O aeroporto daqui é pequeno, antes de botar a mala para despachar, temos que passar tudo pelo raio-x. Fiquei questionando pois assim que a gente pega o boarding pass continuamos no mesmo saguão.
Só depois que vamos embarcar é que se passa a bagagem de mão no raio-x.
Na sala de espera encontrei 2 brasileiros. Nossa, como tem brasileiros nesse mundo! eles estão mochilando também pela America do Sul, porém focando mais no Chile.
Bem, estava a reparar que tanto aqui como em Santiago eles falam a lingua do i: "io soy chileno y me iamo Marcelo". Mas a entonação parece mais clara e consegui me comunicar bem melhor.
Ontem estava a conversar com a guia, que ficou me explicando o dia a dia das pessoas daqui, e uma coisa me chamou a atenção: aqui falta lazer, as pessoas trabalham nas plantações, pescam, criam cavalos ou bois... mas não há muito mais que isso. Quem estuda não tem sequer onde aplicar tais conhecimentos, e consequentemente se tem chance, vai tentar a vida no continente. Os outros, como disse a guia, facilmente ficam entediados pela falta de atividades. E dali para a depressão é um pulinho só.
A única coisa que eles têm se chama DVD, e sempre chegam vários titulos e é isso que "salva a barra". Tem também a igreja, no total todos são religiosos, 80% católicos e os outros divididos entre protestantes e mórmons. Não deixa de ser uma forma de extravazar...
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