sábado, 14 de novembro de 2009

Chuva...


Sábado, 14 de novembro de 2009 - Isla de Pascua

Está chovendo. Começou de madrugada e o dia todo está assim, chove um pouco e pára. Mas, como se costuma dizer, então é pra se molhar.

Ontem assim que cheguei fiz amizade com o pessoal do quarto ao lado: um casal de alemães. Como eles me viram com internet, me perguntaram como, daí eu disse que o pessoal do hotel liberou a senha mediante a extorsão de US$10, mas passei a senha gratuitamente para eles. Hoje tomamos café juntos, e como estava com minha garrafinha nas últimas, eles me deram um pouco da deles, na verdade me encheram a garrafa toda. Legal, né?

Também havia feito amizade com um grupo de chilenos ao visitar o morro ontem, e hoje nos encontramos novamente e ficamos a conversar.

Mas vamos continuar. Havia agendado um guia às 09h30, e fomos primeiramente a um lugar chamado Rano Kau, à beira de uma cratera vulcânica (agora um lago).


Fomos em seguida a Orongo, outro lado da cratera, a partir do qual se presidiam as competições do homem-pássaro. Basicamente os homens se atiravam de lá ao mar, tinham que nadar perto de 2km até as ilhas, e retornar com um ovo do pássaro sagrado.


E depois fomos a Tahai, onde há um moai reconstruído por completo, com olhos e "sombrero".


Nisso terminou o tour combinado pela manhã (já eram 12h30). Foi o tempo de almoçar e voltar ao hotel, pois tinha outro marcado às 15h. Isso não é frango, e sim um peixe chamado toremo. O filé não tinha espinhas.


A parte da tarde foi chuvosa, isto é, além do vento, chuva mais grossa, mas ainda assim fomos a Vinapu, único lugar da ilha em que há uma parede, cuja construção se assemelha muito às construções incas, e que tem dado motivos de estudos por isso.


Fomos a Puna Pau, onde as rochas de tom avermelhado eram escavadas para se fazer o chapéu de alguns moai.


Ahu Akivi é a unica plataforma em que os moai olham na direção da Indonésia.


Terminamos com Ahu Riata, situado num porto natural de águas mais calmas, onde se pode ver tartarugas nadando.


Voltei para o hotel pois a chuva engrossou ainda mais. Porém pretendo sair para jantar e talvez comprar algum souvenir.

As coisas aqui são muito caras, estava a conversar com a guia, e não é por causa dos turistas, e sim por causa das taxas monopolizadas de transporte e energia. Perguntei do porquê não se usa energia solar ou eólica (tive que ficar de blusa o tempo todo por causa do vento). A resposta foi que as empresas que geram estes recursos têm exclusividade sobre estes, e fazem o que querem a respeito. E fiquei a conversar sobre outras coisas.

A população da ilha é em torno de 4-5 mil habitantes, somente os da vila têm energia elétrica, o único hospital tem apenas 1 médico, clinico-geral e não possui equipamentos adequados para um caso mais grave. Caso ocorra um acidente, a vítima tem que esperar o próximo vôo e ir se aguentando (5-6horas de viagem) até o continente. O governo subsidia a estadia se necessário (menos mal), e está a desenvolver um projeto para um avião hospital.Os rapa-nui começam seus estudos aqui e são obrigados a terminar no continente se quiserem curso superior. Vivem basicamente da agricultura de abacaxi, goiaba, manga, de pesca e de artesanado para turistas. Aqui há 2 canais de televisao, que os nativos usam apenas para obter notícias do mundo, e internet por satélite, mais como serviço para turistas, pois se os nativos mal tem energia eletrica, pra que internet?

E dá-lhe chuva...

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