Quarta-feira, 11 de novembro de 2009 - Santiago
É engraçado como as coisas são: eu não tinha idéia do que fazer quando planejei esta cidade. Para mim era apenas uma escala, e já que teria que fazê-la, então vou mochilar. Eu tinha no meu roteiro 2 dias inteiros, que comprimi para 1 e ainda estava achando grande demais.
Já virou rotina a parte da imigração no aeroporto, e ao sair esqueci de deixar a mochila nos lockers, e como não conheço a cidade, tomei um taxi oficial para o hostal, que é como os outros, e o meu quarto fica em frente ao banheiro. Não sei se isso é bom ou ruim. Veremos... o ruim é que a internet wi-fi daqui não funciona. Amanhã cedo vou disputar o unico computador daqui para poder postar essas coisas.
Cheguei, peguei um mapa e saí. Parei na lojinha da esquina para comprar água, e fiquei um bom tempo conversando com a atendente, que ficou me dando um monte de dicas da cidade, onde e como, etc.
Segui então para o Cerro São Cristóbal, que fica bem próximo. Estou gostando dessa cidade, em todo o meu caminho vi muitos jovens e o percentual de camisetas pretas com estampa de bandas é enorme.
No caminho para o Cerro há N barzinhos, prainhas, baladinhas e o que for. Todos lotados de gente (as chilenas são morenas e muito bonitas). E no portão de entrada do parque havia uma manifestação (parece que atraio esse tipo de coisa), e por conseguinte estava fechado.
Através do meu mapa fui procurar a outra entrada, no ponto diametralmente oposto ao morro. Como sempre, fui à pé, e fiz a trilha para subir. Não sei o quanto foi de entrada para outra, mas lá em cima havia uma marcação: 5,5km.
Já quase no topo, parei num quiosquezinho e tomei uma bebida chamada Mote con huesillos. Não sei exatamente do que é, mas tinha um pêssego inteiro no copo, junto com os grãos de trigo. Além de delicioso, me saciou a sede e me deu forças para continuar. Enquanto tomava isso, fiquei a conversar com o vigia, que ficou curioso com meus óculos, disse-me que nunca tinha visto armação assim, cuja parte escura se encaixa por cima das lentes.
Lá no topo há vários mirantes (e turistas também), e uma estátua enorme de Imaculada Concepción. Subi, tirei fotos e ao sair descobri que aquilo é um memorial, onde se guardam as cinzas das pessoas queridas. Eram quase 18h, mas o sol... me parece ser o ponto mais alto da cidade.
E desci de funicular, só deu eu na primeira fila. E saí pela entrada que estava fechada. Entrar não pode, sair sim.
Como ainda estava claro, resolvi andar pela cidade. A hora do rush é em torno das 19h. Os ônibus possuem um sistema parecido com o bilhete único em SP, e em alguns em pontos há uma cerquilha na qual a pessoa passa o cartão e entra. E fica um cara com um megafone anunciando o próximo e organizando a entrada nos mesmos.
Peguei uma das avenidas largas e fui andando paralelo ao metrô. Andei até perto da casa da moneda. Passei por várias galerias de artesanato e lodjinhas mil. E também por um acidente, ou final dele. O que me chamou a atenção foi a cor do carro dos bombeiros: verde acinzentado. Ah, as motos da policia se bem me lembro são bmw. Tentarei uma foto amanhã.
Passei pelo museo colonial e foi aí que me dei conta que era claro, mas o comercio estava fechando.
Parei para pedir informações e curiosamente era uma paulistana, que me disse que vai haver um congresso de Testemunhas de Jeová neste fim de semana. Isso me esclareceu o tal crachá que vi desde o Uruguai, e que eu pensava ser de uma agência de turismo...
Bem, fui até o mercado central (fechado por causa do horário, pelas 20h15) e voltei. Como ainda estava claro (aqui escurece perto das 21h), parei no KFC que fica perto daqui. Olhei no crachá do cara de trás, e era paulista, de Tatuí. Dois rapazes, Felipe e Pedro, que vieram para o Congresso. Ficamos conversando um tempão e depois nos despedimos. Se sobrar tempo, amanhã vou lá fuçar neste congresso. Imagino que as aberturas devam ser sempre animadas, ainda mais porque é internacional.
E voltei ao hostal, está tendo churras aqui, mas estou tão cansado que nem vou selecionar fotos hoje...
Só mais um comentário: o meu espanhol está rendendo aqui, estou falando e as pessoas (parece) que me entendem, e vice-versa. Em Buenos Aires tive dificuldade de compreensão, eles falam com a boca fechada, e rápido pra caramba. Estou tentando imaginar um narrador de corridas de cavalos portenho,hehehe. Já os uruguaios falam a lingua do x: "xo soy uruguaxo y me xamo Marcelo". Mas eles não me entendiam muito bem. Fiquei a pensar que a lingua espanhola deveria ter um checksum no final das frases, para preencher automaticamente as lacunas...
Aqui por enquanto está ok. Não creio que seja evolução porque sinto uma falta enorme de vocabulário. Mas pra pedir informações já virei fera...
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